[exposicoes show=”menu”]
[exposicoes show=”list”]
Esta exposição do Edge Arts reuniu um conjunto de peças de Miguelangelo Veiga, artista português formado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e que tem desenvolvido investigação também nos campos do vídeo e da instalação.
Em Over The Void, Miguelangelo Veiga transportou o espetador para a experiência de vazio que o absorve antes de começar a desenhar. Um vazio que ganha forma através do Desenho e da Pintura de estruturas que expressam os seus espaços de afeto.
Recorrendo à linguagem arquitetónica desde cedo (o autor abandonou o figurativo nos primórdios da sua formação académica), Veiga admite ter encontrado na Arquitetura “uma forma de representar a condição humana sem recorrer ao figurativismo. O vazio é a ausência de matéria, no fundo é a região onde tudo pode acontecer”[1]. Esta necessidade de pensar a espacialidade é um traço marcante no trabalho de Miguelangelo e onde reconhecemos – ainda que o artista hesite em admiti-lo – uma ligação à cenografia[2], patente na volumetria que as telas e desenhos assumem e na evocação constante de estruturas físicas[3].
No que respeita às peças que aqui se apresentam, selecionaram-se obras em que Miguelangelo Veiga tem trabalhado desde 2011, como os desenhos 13,5m2 ou Domino, e mostra-se pela primeira vez a série Crossing Over the Edge, onde Veiga volta às questões de fundo da sua obra, sobrepondo camadas de informação, da qual nos deixa apenas ver o resto.
A complementar a mostra, foram exibidos em sessões programadas os seus vídeos Intercontinental e Featuring Julio.
[1] VEIGA, Miguelangelo: entrevista ao artista a propósito da presente exposição, Lisboa, 3 de Fev. 2014.[2] Miguelangelo Veiga colaborou com o grupo de teatro OLHO entre 1993 e 1998. Pela mesma altura, o artista praticava também o grafiti em Almada.[3] BARATA, Hugo, Através de uma sala – ou a semelhança inquieta: “Algumas linhas acerca de 13,5m2, de Miguelangelo veiga”, Lisboa, Março 2012