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Diogo Almeida Martins desenvolve o seu trabalho sob várias premissas, tais como a do duplo, do eu, de simulacro de realidades, do palco, da profundidade. No corpo de trabalho do artista verificamos a utilização de vários media presentes nas artes plásticas, tais como a fotografia, a escultura e a pintura. No entanto transversal a este, está presente uma ausência constante dada através das marcas deixadas pelo passado, ou de elementos que outrora ocuparam o espaço que se deixa mostrar.
A realização das silhuetas humanas que estão presentes as obras O Gabinete e A Sala são obtidas através da junção das duas pessoas (o artista e a outra pessoa), tal como acontece no seu processo fotográfico, onde o artista é dado como tela de recepção à projeção de um outro eu.
Os simulacros propostos pelo artista apresentam narrativas construídas, onde o autor se insere sempre. Nas suas peças a presença autoral existe através da sobreposição de duas realidades, a realidade do artista e uma realidade externa, prevalecendo apenas o que surge desta união. Desta simbiose de formas nascem seres estranhos e diferentes, que são sempre definidos pelas características de ambas realidades.
Na criação da obra final, Diogo Almeida Martins acrescenta à sua imagem uma identidade imaginária, que é no entanto uma proposta subjetiva ao observador. A interpretação das peças não é totalmente directa, uma vez que o ato de ver adiciona e constrói novas leituras.