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A Tempo

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DE 2018-02-01 A 2018-03-02

O traço é geométrico.

No trabalho de Fátima Santos, as formas erguem-se  não só pelo movimento do carvão que interrompe o branco silencioso da superfície, mas também por estruturas paralelepipédicas que emergem de uma perspectiva não convencional organizada através de progressões numéricas simples. Um é gestual, o outro gráfico embora comunguem do mesmo médium e da semelhança entre a teoria musical e os elementos da linguagem plástica. O desenho é um ensaio. Ao primeiro, seguem-se outros, e tantos outros exercícios até ao objecto pictórico final.  Numa constante subtração de linhas, planos e formas comparadas a intervalos e compassos musicais, organizam-se no espaço composições com variações rítmicas, condicionadas também pela sombra que nelas de impõem.

À composição do objecto criado pela artista, seja ele bidimensional ou tridimensional correspondem sucessões de tons cromáticos próximos de baixa saturação em contraste com pequenos apontamentos de tonalidades dissonantes. A cada cor pertence uma nota e essa predominância cromática apresenta-se no título da peça, na sigla universal das notas musicais.

A exposição “A Tempo”, apresentada no Espaço Amoreiras, reuniu um conjunto de peças oriundas de diferentes momentos do processo pictórico no seu todo, e as partes que o definem estabeleceram um diálogo entre si, sobre o tempo, o momento e o movimento em cumplicidade com a teoria musical, no espaço da Abstração Geométrica.

Obras